3 de julho de 2014

O Jogo de Ripper

O livro conta a história de Amanda, uma garota de 17 anos e fundadora do Jogo RPG Ripper, que não é nada mais, nada menos, que pegar casos/enigmas policiais e desvenda-los. O jogo foi inspirado no caso de Jack, o Estripador. 5 pessoas participam do jogo em conjunto com ela e o avô, e cada uma mora em um canto diferente do mundo, por isso, se reúnem via Skype para se aventurarem nesses casos policiais - meio que uma "brincadeira/hobby para essas pessoas". Seu pai Bob é o inspetor-chefe de polícia da cidade, e sua mãe Indiana é massagista. 




Até aí, tudo ótimo. Só que, começam a surgir crimes em São Francisco, e Amanda terá que descobrir quem está cometendo os crimes, ou alguém que ela ama muito irá morrer. Porque agora, o jogo virou realidade. 

Primeiramente, vamos falar sobre o inicio do livro: A escrita de Allende apresenta personagem por personagem, e os descreve absurdamente. Ela exagerou na dosagem de característica, e sem dúvidas, algumas partes foram irrelevantes. E que não acrescentavam nada, absolutamente NADA, ao foco do livro. 

Nunca fui de ler livros com jogos e tudo mais, porém, fiquei curioso com esse. O jogo foi um ponto interessante, mas ao mesmo tempo, ilógico. Amanda tinha acesso aos relatórios policiais por ser filha dele. Ela adora desvendar os casos, e informações CONFIDENCIAIS eram apresentadas a ela, assim, como num passe de mágica. Isso é completamente sem noção, e pra mim, foi absurdo até demais. Uma garota de 17 anos, poder chegar na delegacia e fazer o que bem quiser, por favor né. Bom senso tem limites.



Os crimes acontecem no decorrer do livro, por isso, pensei: "É, vai ter bastante detalhe/foco acerca deles". Mas não, simplesmente, voltava pro ZzZz passado ZzZz. Juro, cheguei na página 100 cansado. Se pensei em desistir? Várias vezes. O ritmo que o livro torna é parado até demais, e essas "voltas" para o passado foram ZzZz, assim, sabe? 

Agora, vamos falar dos personagens: Indiana, a mãe de Amanda é muito, muito sem noção. Sério, ela deveria agir pelo menos como adulta, mas não, sua filha em certos casos consegue ser mais madura que a mãe. A relação avô-neta é tão tão sem noção, que gente, nunca que existiria dessa forma, sério. Ela o trata de uma forma tão grotesca, que prefiro não dar mais detalhes. 

E, depois de muita enrolação, o cerco foi se fechando - mesmo que devagar - para o vilão. Ela já tinha apresentado psicologicamente, e tudo mais, porém, deu a ele várias identidades. Ok, é pra me deixar ansioso, conseguiu. As últimas 150 páginas foram dignas para mim, e foi onde me fez gostar um pouco do livro. Sem sombra de dúvidas, esse foi o vilão mais arquitetado, calculista e bem construído que já li em histórias policiais. Poderia ter sido incrivelmente magnifico sem dar ele 1001 possíveis identidades, mas ok. Sério, gente! O psicológico dele ficou impecável. 



O jogo de Ripper tinha tudo para me conquistar: premissa, rpg, ser um livro policial, etc. Porém, foi a decepção do ano. Não funcionou pra mim, infelizmente. Allende, mesmo que aclamada, não teve sua estréia deslumbrante no gênero policial. Como sempre, a edição da Bertrand foi digníssima, os detalhes, a capa fosca e tudo mais. A edição ficou muito, muito bonita. 


Título: O Jogo de Ripper.
 Título Original: Ripper.
Autora: Isabel Allende 
 Editora: Bertrand Brasil. 
 Páginas: 490.
 Classificação: 2/5

2 comentários:

  1. To decepcionada, eu estava tão empolgada para ler esse livro, a Editora divulgou tanto, achei que seria O LIVRO. To com medo de ler agora =/

    www.pausaparaumcafe.com.br/

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    1. Oi, Anna. Também estava super ANIMADO. Porém, foi decepcionante. Pela divulgação da editora, parecia incrível. <3

      HAHAHAH, boa sorte :)

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