4 de janeiro de 2015

Graffiti Moon, de Cath Crowley.

Sombra e Poeta são grafiteiros que juntos, fazem arte numa cidade da Austrália. E até hoje ninguém sabe a identidade desses garotos, só admiram seus trabalhos distribuídos pela cidade. Se fôssemos eleger a fã número 1, seria Lucy Dervish. Fascinada, obcecada e apaixonada pelos que eles fazem, ela pega uma noite qualquer e coloca todos os anseios: descobrir Sombra (que pela sua crença, é o amor da sua vida).

Na última noite do ensino médio, ao sair com as amigas, ela encontra uns garotos e Ed - o garoto do traumático encontro que ela teve, mas ele acabou levando um belo soco no nariz, o que ocasionou um silêncio entre os dois - em uma lanchonete na cidade. Entre conversas, descobertas e olhares de ódio, Ed revela que conhece Sombra. É aí que, Ed e Lucy (com ressentimentos do passado, claro), saem em busca pelo grafiteiro (que de misterioso, não tem nada).

É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que  está na parede. Olho para o grafite e penso que todo mundo guarda algum segredo, algo adormecido, como esse pássaro amarelo. (página 24). 

Esse livro traz um tema bem discutido no Brasil que é a grafitagem, pois as opiniões divergem. Vale ressaltar que, existe uma diferença (e enorme) entre grafitagem arte e grafitagem vandalismo, esta última vindo acompanhada de violência, e usada como forma de protesto - convenhamos também que, é feio pra caramba. 


No livro, é ARTE, só deixando claro. É uma forma deles se expressarem para o mundo, de deixar os problemas de lado e apenas usar pincéis que a vida oferce. Uma coisa que me fisgou em Graffiti Moon foi a precisão artística. É muito nítido, real. O livro é basicamente é instruído pela arte - que de destrincha de várias formas.

Com uma narração tripla (Ed, Lucy e Poeta) somos apresentados a um YA e todas suas características. É um livro leve, sobre adolescência e suas loucuras. Regado de paixões, desejos e relevações, o leitor é levado a acompanhar esse jovens. A personalidade cada um é bem dividida, e pensam de um modo, agem daquele jeito. Gostei do fato dela trazer personagens tão reais, jovens tão vivos nas páginas. 


Pode ser bastante simplório, olhando parcialmente. Mas, Graffiti Moon tem muito a mostrar - de forma implícita. Amadurecimento, segundas chances, e como tentar entender o outro é importante. Os personagens desse livro carregam um diferencial, dado por Cath, que encanta o leitor. A arte é parte fundamental e nunca imaginei ler um livro sobre grafitagem que pudesse ser tão interessante e conquistador.

É um livro curtíssimo, de pouco mais de 200 páginas. Para aqueles que esperam uma leitura leve, hilária e regada de cores, aqui está uma dica boa. 

Título: Graffiti Moon.
Autora: Cath Crowley.
Editora: Valentina.
Páginas: 240.
Avaliação: 4/5. 

2 comentários:

  1. Graffiti Moon me surpreendeu pela delicadeza. Não sou das mais chegadas em grafitagem e tal, mas achei super bonito o jeito como o tema foi abordado. <3 Me surpreendeu mesmo!

    Bjss

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    1. Eu também curti bastante QUEL! Justamente pelo modo como ela apresentou essa arte. E também as discussões que você pode fazer em relação ao tema! Beijo!

      ;)

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