Jurassic Park, de Michael Crichton

Jurassic Park fez minha infância muito mais legal e daí surgiu meu amor por dinossauros. E claro que eu não poderia deixar de ler o re-lançamento do livro pela Editora Aleph. E dizer que superou todas as minhas expectativas, que me fez ver o Parque dos Dinossauros de outra forma e que foi uma das melhores leituras da vida ainda seria pouco.

Com uma edição primordial para qualquer fã da épica estória, somos levados a conhecer o passo a passo para a criação de uma invenção espetacular: um parque de visitações com animais extintos. Com a ajuda de técnicas da biotecnologia, biomedicina e fósseis, eles conseguem trazer de volta essa éspecie que tanto fascina.

Com quase tudo pronto para o lançamento, o reponsável pela criação do Jurrasic Park resolve convidar grandes nomes da biotecnologia, de segurança e um paleontólogo para avaliar o parque. Os primeiros visitantes e as primeiras impressões. Mas, eles não imaginavam que os problemas fossem aparecer. E que seriam tantos.

MINHAS IMPRESSÕES

É complicado colocar todas as emoções que senti durante a leitura desse livro. A cada página que lia, me supreendia mais e era impossível parar de ler a narrativa escrita por Michael Crichton. Com pouco mais de 500 páginas, somos levados a conhecer uma estória que requeriu não só imaginação e talento para escrever, mas muita pesquisa. Temos uma trama tão amarrada, que você acaba o livro pensando: como isso não é baseado em fatos reais?

"Existe um problema com aquela ilha. Ela é um acidente esperando para acontecer".

Eu admito que não esperava tanto de Jurassic Park. Não esperava encontrar bases de DNA e sistemas de computadores descritos com tanta técnica e perfeição. Se fragmentássemos o livro, veríamos o trabalho magnífico criado, e me deixa mais boquiaberto quando soube que foi lançado em 1990. Além disso, conseguiu retratar os dinossauros com uma descrição física, psicológica e paleontóloga fascinante. Se eu já era apaixonado visualmente, pude conhecer um pouquinho mais sobre o comportamento e isso já valeu a leitura.

Diversas vezes eu perdi a respiração e gelei meu corpo com a escrita de Michael. Ele narra com uma fluidez e prende o leitor a cada capítulo. E quando você imagina que já tem desgraças demais, sempre piora, acredite. É um misto de alegria, dor, sofrimento, agonia e felicidade.

"Esta é a minha ilha. Eu sou o dono ela. E nada vai me impedir de abrir o Jurassic Park para todas as crianças do mundo. Ou no mínimo para as ricas. E estou dizendo, elas vão adorar".

Nos conectamos aos personagens de uma forma tão rápida e majestosa que é impossível largar o livro. Outro ponto bem interesse foi as teorias desenvolvidas —  como a do matemático Malcolm, a teoria do caos. Me fascina porque não foi uma coisa apenas estética e animal que deu origem aos problemas do parque, mas um arranjado de áreas do conhecimento. Acredite, é uma coisa mágica.

É um livro altamente arquitetado. Sou muito feliz em dizer que Jurassic Park merece todo o sucesso recebido, e é um livro espetacular. Não é apenas uma obra sobre seres magníficos, não é apenas uma forma de entretenimento, mas um livro que deveria ser lido por todas as pessoas. E ainda traz acoplado uma crítica incrível: não tentem controlar a natureza.

Uma das mais marcantes leituras da vida. Jurassic Park é um daqueles livros que nunca vou me cansar de reler. 

Título: Jurassic Park.

Autor: Michael Crichton.

Editora: Aleph (2015).

Páginas: 528.

Avaliação: 5/5.